SETEMBRO MÊS DA BÍBLIA

SETEMBRO MÊS DA BÍBLIA

PAPA FRANCISCO

 266° PAPA DA IGREJA
Pontificado 2013 - ...

Jorge Mario Bergoglio nasceu no dia 17 de dezembro de 1936 numa família de imigrantes italianos. O seu Pai, Maria Giuseppe Bergoglio Vassallo, nascido em Portacomaro em 2 de abril de 1908 e falecido em 1959, trabalhava como contador da ferrovia. Sua mãe Regina Maria Sivori Gogna, nascida em Buenos Aires, de pais genoveses, em 28 de novembro de 1911 e falecida em 8 de janeiro de 1981, era dona de casa. Os dois se casaram em Buenos Aires no dia 12 de dezembro de 1935. 

Jorge Bergoglio é o mais velho de cinco filhos, tendo como irmãos: Oscar Adrian Bergoglio (In Memorian); Marta Regina Bergoglio (In Memorian); Alberto Horácio Bergoglio (In Memorian) e Maria Elena Bergoglio.

Foi batizado na Basílica de Maria Auxiliadora, em Buenos Aires, pelo padre Salesiano Enrique Pozzoli. Uma das pessoas que mais marcaram a sua infância foi a sua avó Rosa, que lhe transmitiu a fé e o ensinou a rezar e, inclusive, foi quem incentivou para que ele recebesse a primeira Comunhão.

Bergoglio aprendeu a arte de cozinhar com sua mãe. Era apaixonado por tango e saía com os amigos para se divertir. Mas, apesar de aproveitar as festas e as amizades que tinha em Buenos Aires, nunca deixou de participar das Missas aos domingos pela manhã.

Diplomou-se como técnico químico

Ainda jovem, Bergoglio passou certa vez em frente à paróquia que frequentava, a igreja de San José de Flores. Naquele momento, desejava fazer apenas uma oração, mas ao encontrar um padre, decidiu que iria se confessar. Esse fato mudou a sua vida para sempre. Bergoglio viveu naquela ocasião uma experiência pessoal com Jesus que o levou, logo em seguida, a partilhar com sua família o desejo de ser padre. 

No dia 11 de março de 1958 quando tinha 22 anos entrou no noviciado da Companhia de Jesus. Completou os estudos humanísticos no Chile e, tendo voltado para a Argentina, em 1963 obteve a licenciatura em filosofia no colégio de São José em San Miguel. De 1964 a 1965 foi professor de literatura e psicologia no colégio da Imaculada de Santa fé e em 1966 ensinou estas mesas matérias no colégio do Salvador, em Buenos Aires. de 1967 a 1970 estudou teologia, licenciando-se também no colégio de São José.

Bergoglio foi ordenado sacerdote em 13 de dezembro de 1969 foi ordenado sacerdote pela imposição das mãos do arcebispo Dom Ramón José Castellano. De 1970 a 1971 deu continuidade à sua preparação em Alcalá de Henares, na Espanha, e a 22 de abril de 1973 emitiu a profissão perpétua nos jesuítas. Regressou à Argentina, onde foi mestre de noviços na Villa Barilari em San Miguel, professor na faculdade de teologia, consultor da província da Companhia de Jesus e também reitor do colégio.

No dia 31 de julho de 1973 foi eleito provincial dos jesuítas da Argentina, cargo que desempenhou durante seis anos. Depois, retomou o trabalho no campo universitário e, de 1980 a 1986, foi novamente reitor do colégio de São José, e inclusive pároco em San Miguel. No mês de Março de 1986 partiu para Alemanha, onde concluiu a tese de doutoramento; em seguida, os superiores enviaram-no para o colégio do Salvador em Buenos Aires e sucessivamente para a igreja da Companhia, na cidade de Córdova, onde foi diretor espiritual e confessor. 

Em 20 de maio de 1992 João Paulo II nomeou-o bispo titular de Auca e auxiliar de Buenos Aires. No dia 27 de Junho recebeu na catedral a ordenação episcopal precisamente da cardeal. Como lema, escolheu "Miserando atque eligendo" e no seu brasão inseriu o cristograma IHS, símbolo da Companhia de Jesus.

Foi nomeado vigário episcopal na região Flores, no dia 21 de dezembro de 1993 foi-lhe confiada inclusive a tarefa de vigário-geral da arquidiocese. Portanto, não constituiu uma surpresa quando, a 3 de junho de 1997, foi promovido arcebispo coadjutor de Buenos Aires. Em 28 de fevereiro de 1998 foi nomeado arcebispo, primaz da Argentina e ordinário para os fiéis de rito oriental residentes no país e desprovidos de ordinário do próprio rito. 

No dia 21 de fevereiro de 2001, João Paulo II o nomeou como cardeal, atribuindo-lhe o título de São Roberto Bellarmini. Convidou os fiéis a não virem a Roma para festejar a púrpura, mas a destinar aos pobres o dinheiro da viagem. 

Em outubro de 2001 foi nomeado relator-geral adjunto da décima assembleia geral ordinária do Sínodo dos bispos, dedicada ao ministério episcopal. Uma tarefa que lhe foi confiada no último momento, em substituição do cardeal Edward Michael Egan, arcebispo de Nona Iorque, obrigado a permanecer na pátria por causa dos ataques terroristas de 11 de setembro.

PONTIFICADO
O cardeal Bergoglio foi eleito em 13 de março de 2013, no segundo dia do conclave, escolhendo o nome de Francisco. Ele é o primeiro jesuíta a ser eleito Papa, o primeiro Papa do continente americano e do Hemisfério sul e o primeiro não europeu investido como bispo de Roam em mais de 1.200 anos, desde Papa Gregório III, que nasceu na Síria e governou a Igreja Católica entre 731-741.

Quando lhe foi perguntado, se aceitava a escolha, disse: "Eu sou um grande pecador, confiando na misericórdia a paciência de Deus, no sofrimento, aceito". O anúncio de sua eleição foi feito por Jean-Louis Tauran. 

Ao assumir oficialmente o Ministério Petrino no dia 19 de março de 2013, dia da Solenidade de São José Patrono na Igreja Universal, Francisco afirmou que está a serviço dos pobres e mais humildes. "Peço-vos que rezem ao Senhor para que abençoe, a oração do povo pedindo a bênção pelo seu bispo. Façamos em silêncio esta oração". disse quando foi anunciado como Papa.

Nome Papal
Ao ser eleito, o novo pontífice escolheu o nome de Francisco, Segundo o próprio, um referência a Francisco de Assis fazendo referência à "sua simplicidade e dedicação aos pobres" e motivado pela frade dita por Dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo, logo após sua eleição, ainda na Capela Sistina: "Não esqueça dos pobres". Francisco de Assis (1182-125), padroeiro da Itália, foi o fundador da família franciscana.

O nome do pontífice não será acrescido do ordinal "I" (primeiro) em algarismo romano. Segundo a Santa Sé isso só acontecerá se, um dia, houver outro papa Francisco.

Brasão e lema
Escudo eclisiástico azul, com um sol radiante e flamejante de jalde (ouro) carregado do monograma IHS em sable (vermelho), sobreposta a letra H de uma cruz do mesmo e três cravos em goles (preto) postos em pala, sob o monograma - armas da Companhia de Jesus - acompanhado em ponta de uma estrela de oito pontas senestrada de um ramo de flor de nardo, ambos em jalde (outo), O escuto está assente em tarja branca. O conjunto pousado sobre suas chaves decussadas, a primeira bronze e a segunda prata, atadas por um cordão de goles, com seus pingentes. Uma mitra papal de argente, com três faixas amarelas. Sob o escudo, um listel branco com o mote: "Miserando Atqve Eligendo", em letras pretas. Quando são postos suportes, estes são dois anjos de carnação, sustentando cada um, na mão livre, uma cruz trevolada tripla, amarela.

O escudo obedece às regras heráldicas para os eclesiásticos. Nele estão representadas armas da Companhia de Jesus, a qual pertence o pontífice, sendo que a cor azul simboliza o firmamento e o manto de Maria Santíssima e, heraldicamente, significa: justiça, serenidade, fortaleza, boa fama e nobreza;  o sol (radiante de 16 pontas retilíneas e flamejante de dezesseis ponta ondeantes, alternadamente) representa Nosso Senhor Jesus Cristo, o "Sol da Justiça", reforçado pelo monograma de Cristo; IHS (adotado por Santo Inácio em 1541) sobreposto pela cruz, que sendo vermelho simboliza: o fogo da caridade inflamada no coração do Soberano Pontífice pelo Divino Espírito Santo, que o inspira diretamente do governo supremo da Igreja, bem como valor e o socorro aos necessitados, que o Vigário de Cristo deve dispensar a todos os homens.

Os cravos, enquanto instrumentos da paixão, lembram a nossa redenção pelo sangue de Cristo e sua cor preta, representa: sabedoria, ciência, honestidade e firmeza. A estrela, de acordo com a antiga tradição heráldica, simboliza a Virgem Maria, mãe de Cristo e da Igreja; enquanto a flor de nardo simboliza São José, patrono da Igreja Universal, que na tradição da iconografia hispânica, é representada com um ramo de nardo nas mãos. Sendo ambos amarelos. Colocando no seu escudo tais imagens, o Papa pretendeu exprimir a própria particular devoção a Nossa Senhora e ao seu castíssimo esposo. Somadas as três representações, têm-se a homenagem do pontífice à Sagrada Família: Jesus, Maria e José, modelo da família humana que devem ser defendidas pela Igreja.

Os elementos externos do brasão expressam a jurisdição suprema do papa. As duas chaves decussadas, uma de bronze e outra de prata são símbolos do pode espiritual e do pode temporal. São uma referência do poder máximo do Sucessor de Pedro, relatado no Evangelho de São Mateus, que narra que Nossa Senhor Jesus Cristo disse a Pedro "Dar-te-ei chaves do reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que desligares na terra, será desligado no céu" (Mt 16,19). Por conseguinte, as chaves são o símbolo típico do pode dado por Cristo a São Pedro e aos seu sucessores. A mitra pontifícia usada com timbre, recorda em sua forma e esmalte, a simbologia da tiara, sendo que as três faixas de jalde (ouro) significam os três poderes papais: Ordem, Jurisdição e Magistério, ligados verticalmente entre si no centro para indicar a sua unidade na mesma pessoa.

No listel, o lema "Miserando Atqve Eligendo" (Olhando-o com misericórdia o elegeu), foi retirado de uma homilia de São Beda, o Venerável. Este lema, presente na Liturgia das Horas da festa de São Mateus, é um tributo à Divina Misericórdia, tendo um significado especial e particular na vida e no itinerário espiritual do pontífice. 

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