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quarta-feira, 2 de outubro de 2024

PALAVRAS DO PAPA FRANCISCO.


Deus não tem dificuldade de se fazer entender pelas crianças, e as crianças não têm problemas em compreender Deus. Não é por acaso que no Evangelho Jesus profere palavras muito bonitas e fortes sobre os "pequeninos". Este temo, pequeninos indica todas as pessoas que dependem da ajuda dos outros e, de modo especial, as crianças. Por exemplo, Jesus diz: [...] "Guardai-vos de menosprezar um só destes pequeninos, porque Eu vos digo que o seus anjos no céu contemplam sem cessar a face do meu Pai que está nos Céus" (Mt 18,10). Assim, as crianças são em si uma riqueza para a humanidade e também para a Igreja, porque nos chamam constantemente à condição necessária para entrar no Reino de Deus: a de não nos considerarmos autossuficientes, mas necessitamos de ajuda, de amor, de perdão. E todos nós precisamos de ajuda, de amor, de perdão [...] Mas há muitos dons e riquezas que as crianças oferecem à humanidade. Recordo apenas alguns deles. Dão-lhe o seu modo de ver a realidade, com um olhar confiante e puro. A criança tem uma confiança espontânea no seu pai e na sua mãe; uma confiança espontânea em Deus, em Jesus, em Nossa Senhora. Ao mesmo tempo, o seu olhar interior é puro, ainda não poluído pela malícia, pelas ambiguidades, pelas "incrustações" da vida que endurecem o coração. Sabemos que até as crianças têm em si o pecado original, com os seus egoísmos, mas conservam uma pureza e uma simplicidade interior. [...] Por todos estes motivos, Jesus convida os seus discípulos a "torna-se como as crianças", pois é "a quantos são como elas que pertence o Reino de Deus". 

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