SANTA ANA e SÃO JOAQUIM
(Pais de Nossa Senhora; avôs de Jesus)
Esse nobre casal que, através da filha, encontrou seu lugar na Nova Aliança, não pode ser esquecido em uma obra acerca dos santos casados, mesmo com as pouquíssimas informações históricas que podemos resgatar a seu respeito. Estamos falando, é claro, dos pais da Santíssima Virgem Maria, os avós do Deus-Homem, Nossa Senhor Jesus Cristo.
Os nomes e vidas lendárias de Santa Ana e seu marido, Joaquim, estão no apócrifo Protoevangelho de Tiago, escrito em meados do século II. Outras informações vêm do assim chamado Evangelho do Pseudo-Mateus, ou "Livro sobre a origem da Bem-Aventurada Virgem Maria" (Liber de ortu Beatae Mariae Virginis), do século V, e também do igualmente apócrifo Evangelho do Nascimento de Maria, do século VI.
As informações contidas nessas fontes, resumidamente, nos apresentam o seguinte retrato do casal: Joaquim era da Galileia; casou-se com Ana e foi com ela morar na Porta das Ovelhas, em Jerusalém. Viveu uma vida exemplar ao lado de sua esposa e era bastante caridoso. O casal viveu durante décadas sem ser abençoado com a chegada de uma criança. Certo dia, quando Joaquim foi oferecer o sacrifício no templo, os sacerdotes mandaram-no embora, pois ele não tinha filhos. Ao ser insultado dessa maneira, partiu para o deserto, onde viveu uma vida ainda mais piedosa e caridoso. Depois de vinte anos de matrimônio ser filhos, Ana foi a primeira a ser consolada por um anjo: "Ana, Ana, o Senhor ouviu as suas preces. Você irá conceber uma criança, e a sua descendência será conhecida ao redor do mundo". De maneira semelhante o anjo aproximou-se de Joaquim e disse: "Joaquim, Joaquim, o Senhor ouviu as suas preces. Vá embora daqui (volte a Jerusalém, à sua esposa, Ana)!" Ana estava à porta e viu Joaquim chegar. Ela correu em sua direção, colocou-lhe os braços em volta do pescoço e disse: "Agora eu sei que o Senhor Deus irá me cobrir de bênçãos: eis que, depois de viver como viúva. viúva já não sou mais, e, ainda sem filhos, hei de conceber". Logo foi gerada e concebida a tão esperada criança: seu nome tinha de ser Maria!
Santa Ana
O nome "Ana" vem do hebraico "Hanna" e significa "graça". Santa Ana era de família descendente do sacerdote Aarão.
Santa Ana se casou muito jovem como toda moça em Israel naquele tempo. A tradição diz que seu esporo era Joaquim, um homem de posses e bem situado na sociedade.
Ana, porém, tinha um grave problema: era estéril. Não conseguia engravidar mesmo depois de anos de casada. Em Israel daquele tempo a esterilidade era sempre atribuída à mulher, por causa da falta de conhecimento. A mulher estéril era vista como amaldiçoada por Deus. Por isso, Ana sofreu grandes humilhações. Seu esposo Joaquim, por sua vez, era censurado pelos sacerdotes por não ter filho. Tudo isso fazia com que o casal sofresse bastante.
Por esse motivo São Joaquim resolveu retirar-se no deserto, para rezar e fazer penitência. Nessa ocasião, um anjo lhe apareceu e disse que sua orações tinha sido ouvidas.
Ao mesmo tempo o anjo apareceu também a Santa Ana confirmando que as orações do casal tinham sido ouvidas. Assim, pouco tempo depois que São Joaquim voltou para casa, Ana engravidou. Parece que através do sofrimento do casal para gerar a Maria, que deu a luz a redenção dos pecadores.
São Joaquim
São Joaquim, conhecido como o patriarca silencioso, ocupa um lugar de grande estima na tradição cristã. A história de sua vida, embora não esteja diretamente registrada nas Escritura, foi transmitida através de documentos apócrifos e se tornou parte integral da tradição católica.
São Joaquim foi o esposo de Santa Ana e pai de Maria, a mãe de Jesus. Originário de Nazaré, Joaquim pertence à tribo de Judá e à linhagem do Rei Davi.
A tradição conta que ele e Santa Ana permaneceram sem filho por muitos anos, o que na época era visto como uma grande desonra. No entanto, a fé de ambos permaneceu inabalável, e eles continuaram a orar por um filho. A resposta a suas orações veio de uma forma mais grandiosa do que eles poderiam imaginar. Anunciada por um anjo, nasceu-lhes uma filha, a quem chamaram de Maria. Maria, que mais tarde seria a mãe de Jesus, foi uma bênção que superou todas as suas expectativas.
São Joaquim, juntamente com sua esposa Santa Ana, desempenhou um papel crucial na formação da fé de Maria. Eles a criaram num lar piedoso, ensinando-lhe as Escrituras e a tradição judaica. Certamente, a fé profunda e o caráter humilde de Maria, que aceitou prontamente a vontade de Deus de ser a mãe de Jesus, não reflexos da educação e do exemplo de seus pais.
São Joaquim, embora seja muitas vezes esquecido em meio a figuras destacadas da Bíblia, é um exemplo poderoso de fé e devoção. Ele demonstra a importância da paciência e da perseverança na fé apesar dos desafios e, também a importância do papel crucial dos pais na formação da fé de seus filhos. É por isso que a Igreja Católica celebra São Joaquim como o patrono dos pais, avós e homens casados. Sua festa, que é comemorada juntamente com a de Santa Ana no dia 26 de julho, é uma oportunidade para refletir sobre o seu legado e pedir sua intercessão.
São Joaquim é recordado como um homem de fé inabalável que permaneceu fiel apesar da adversidade, nas circunstâncias mais difíceis, e foi abençoado não só com uma filha, mas com uma linhagem que mudou o curso da humanidade. Que sua história inspire a todos nós a manter a fé, não importando os desafios que enfrentemos, e a reconhecemos o papel crucial que cada um de nós desempenha na vasta tapeçaria da fé cristã, assim como ele soube reconhecer o seu papel no plano divino.
Ao celebrar a vida de São Joaquim, somo lembrados do valor da paciência, da perseverança e da importância da oração constante. Com sua devoção a Deus e à sua família, ele deixou um legado espiritual que continue a inspirar os cristãos até hoje. Ele é modelo de fé e persistência, e demonstra que a confiança no Senhor é fonte de grandes bênçãos.
Joaquim e sua esposa Ana nos mostra o impacto poderoso que um é um lar amoroso e espiritualidade engajado pode ter na formação da fé de uma criança.
O casal Joaquim e Ana, casal bem-aventurado e verdadeiramente sem mancha! Pelo fruto do vosso seio fostes reconhecidos, segundo a palavra do Senhor: Pelos seus frutos os reconhecereis (Mt 7,16) A vossa conduta foi agradável a Deus e digna daquela que nasceu de vós. Tendo levado uma vida casta e santa, engendrastes a joia da virgindade, aquela que deveria permanecer Virgem antes, durante e depois do parto, a única sempre Virgem de espírito, de alma e de corpo.
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