SETEMBRO MÊS DA BÍBLIA

SETEMBRO MÊS DA BÍBLIA

sexta-feira, setembro 20, 2024

SETEMBRO, MÊS DA BÍBLIA.

DEVOÇÃO A BÍBLIA SAGRADA
Atos de devoção à Bíblia Sagrada.
Como se sabe, os atos de devoção podem se inúmeros e de várias naturezas. Desde o ato de pensar várias vezes por dia em um determinado objeto, até a dedicação de um tempo para algum ritual específico, que pode variar entre enfeitar uma mesa com flores para colocar a Bíblia Sagrada em destaque, até dedicar horas de estudo e oração, completamente absorvidos pela atividade de ler e contemplar as escrituras sagradas. Há pessoas que recitam sempre um versículo ou texto bíblico específico, de acordo com cada situação da vida - um dos mais famosos exemplos é o versículo do Salmo 22, que diz 'O Senhor é meu pastor e nada me faltará'; e outro, do salmo 90, que fala sobre a proteção divina, 'ainda que eu passe pelo vale das sobras, não temerei'. Outras pessoa dedicam um pequeno tempo do dia, ou mesmo iniciam o dia com a leitura de algum texto bíblico, buscando orientação e a presença de Deus, pela sua Palavra. Outros dedicam sua vida à pregação dessa Palavra, alguns organizam festas e celebrações, outros, como o filósofo Pascal Blaise, por exemplo, costuram um trecho da Palavra de Deus na parte da roupa que repousa sobre o coração; enfim, existem várias devoções.  

quinta-feira, setembro 19, 2024

SÉRIE SANTOS CASADOS:

A santidade do matrimônio ao longo dos séculos

SANTA ANA e SÃO JOAQUIM
(Pais de Nossa Senhora; avôs de Jesus)
Esse nobre casal que, através da filha, encontrou seu lugar na Nova Aliança, não pode ser esquecido em uma obra acerca dos santos casados, mesmo com as pouquíssimas informações históricas que podemos resgatar a seu respeito. Estamos falando, é claro, dos pais da Santíssima Virgem Maria, os avós do Deus-Homem, Nossa Senhor Jesus Cristo.

Os nomes e vidas lendárias de Santa Ana e seu marido, Joaquim, estão no apócrifo Protoevangelho de Tiago, escrito em meados do século II. Outras informações vêm do assim chamado Evangelho do Pseudo-Mateus, ou "Livro sobre a origem da Bem-Aventurada Virgem Maria" (Liber de ortu Beatae Mariae Virginis), do século V, e também do igualmente apócrifo Evangelho do Nascimento de Maria, do século VI.

As informações contidas nessas fontes, resumidamente, nos apresentam o seguinte retrato do casal: Joaquim era da Galileia; casou-se com Ana e foi com ela morar na Porta das Ovelhas, em Jerusalém. Viveu uma vida exemplar ao lado de sua esposa e era bastante caridoso. O casal viveu durante décadas sem ser abençoado com a chegada de uma criança. Certo dia, quando Joaquim foi oferecer o sacrifício no templo, os sacerdotes mandaram-no embora, pois ele não tinha filhos. Ao ser insultado dessa maneira, partiu para o deserto, onde viveu uma vida ainda mais piedosa e caridoso. Depois de vinte anos de matrimônio ser filhos, Ana foi a primeira a ser consolada por um anjo: "Ana, Ana, o Senhor ouviu as suas preces. Você irá conceber uma criança, e a sua descendência será conhecida ao redor do mundo". De maneira semelhante o anjo aproximou-se de Joaquim e disse: "Joaquim, Joaquim, o Senhor ouviu as suas preces. Vá embora daqui (volte a Jerusalém, à sua esposa, Ana)!" Ana estava à porta e viu Joaquim chegar. Ela correu em sua direção, colocou-lhe os braços em volta do pescoço e disse: "Agora eu sei que o Senhor Deus irá me cobrir de bênçãos: eis que, depois de viver como viúva. viúva já não sou mais, e, ainda sem filhos, hei de conceber". Logo foi gerada e concebida a tão esperada criança: seu nome tinha de ser Maria!

Santa Ana
O nome "Ana" vem do hebraico "Hanna" e significa "graça". Santa Ana era de família descendente do sacerdote Aarão.

Santa Ana se casou muito jovem como toda moça em Israel naquele tempo. A tradição diz que seu esporo era Joaquim, um homem de posses e bem situado na sociedade. 

Ana, porém, tinha um grave problema: era estéril. Não conseguia engravidar mesmo depois de anos de casada. Em Israel daquele tempo a esterilidade era sempre atribuída à mulher, por causa da falta de conhecimento. A mulher estéril era vista como amaldiçoada por Deus. Por isso, Ana sofreu grandes humilhações. Seu esposo Joaquim, por sua vez, era censurado pelos sacerdotes por não ter filho. Tudo isso fazia com que o casal sofresse bastante.

Por esse motivo São Joaquim resolveu retirar-se no deserto, para rezar e fazer penitência. Nessa ocasião, um anjo lhe apareceu e disse que sua orações tinha sido ouvidas.

Ao mesmo tempo o anjo apareceu também a Santa Ana confirmando que as orações do casal tinham sido ouvidas. Assim, pouco tempo depois que São Joaquim voltou para casa, Ana engravidou. Parece que através do sofrimento do casal para gerar a Maria, que deu a luz a redenção dos pecadores.

São Joaquim
São Joaquim, conhecido como o patriarca silencioso, ocupa um lugar de grande estima na tradição cristã. A história de sua vida, embora não esteja diretamente registrada nas Escritura, foi transmitida através de documentos apócrifos e se tornou parte integral da tradição católica.

São Joaquim foi o esposo de Santa Ana e pai de Maria, a mãe de Jesus. Originário de Nazaré, Joaquim pertence à tribo de Judá e à linhagem do Rei Davi.

A tradição conta que ele e Santa Ana permaneceram sem filho por muitos anos, o que na época era visto como uma grande desonra. No entanto, a fé de ambos permaneceu inabalável, e eles continuaram a orar por um filho. A resposta a suas orações veio de uma forma mais grandiosa do que eles poderiam imaginar. Anunciada por um anjo, nasceu-lhes uma filha, a quem chamaram de Maria. Maria, que mais tarde seria a mãe de Jesus, foi uma bênção que superou todas as suas expectativas.

São Joaquim, juntamente com sua esposa Santa Ana, desempenhou um papel crucial na formação da fé de Maria. Eles a criaram num lar piedoso, ensinando-lhe as Escrituras e a tradição judaica. Certamente, a fé profunda e o caráter humilde de Maria, que aceitou prontamente a vontade de Deus de ser a mãe de Jesus, não reflexos da educação e do exemplo de seus pais.

São Joaquim, embora seja muitas vezes esquecido em meio a figuras destacadas da Bíblia, é um exemplo poderoso de fé e devoção. Ele demonstra a importância da paciência e da perseverança na fé apesar dos desafios e, também a importância do papel crucial dos pais na formação da fé de seus filhos. É por isso que a Igreja Católica celebra São Joaquim como o patrono dos pais, avós e homens casados. Sua festa, que é comemorada juntamente com a de Santa Ana no dia 26 de julho, é uma oportunidade para refletir sobre o seu legado e pedir sua intercessão.

São Joaquim é recordado como um homem de fé inabalável que permaneceu fiel apesar da adversidade, nas circunstâncias mais difíceis, e foi abençoado não só com uma filha, mas com uma linhagem que mudou o curso da humanidade. Que sua história inspire a todos nós a manter a fé, não importando os desafios que enfrentemos, e a reconhecemos o papel crucial que cada um de nós desempenha na vasta tapeçaria da fé cristã, assim como ele soube reconhecer o seu papel no plano divino.

Ao celebrar a vida de São Joaquim, somo lembrados do valor da paciência, da perseverança e da importância da oração constante. Com sua devoção a Deus e à sua família, ele deixou um legado espiritual que continue a inspirar os cristãos até hoje. Ele é modelo de fé e persistência, e demonstra que a confiança no Senhor é fonte de grandes bênçãos.

Joaquim e sua esposa Ana nos mostra o impacto poderoso que um é um lar amoroso e espiritualidade engajado pode ter na formação da fé de uma criança.

O casal Joaquim e Ana, casal bem-aventurado e verdadeiramente sem mancha! Pelo fruto do vosso seio fostes reconhecidos, segundo a palavra do Senhor: Pelos seus frutos os reconhecereis (Mt 7,16) A vossa conduta foi agradável a Deus e digna daquela que nasceu de vós. Tendo levado uma vida casta e santa, engendrastes a joia da virgindade, aquela que deveria permanecer Virgem antes, durante e depois do parto, a única sempre Virgem de espírito, de alma e de corpo.

SETEMBRO, MÊS DA BÍBLIA.

DEVOÇÃO A BÍBLIA SAGRADA

Em que sentido se fala de 'Devoção à Bíblia Sagrada'.
Em nosso artigo Significado e simbolismo da Bíblia Sagrada, pensamos um pouco sobre o caráter sagrado deste livro, ou seja, sobre o fato de ele ser considerado como a 'Palavras de Deus' para as pessoas que vivem no Cristianismo, principalmente. É um livro inspirado pelo próprio Deus, conforme se afirma nesse universo religioso, como dogma de fé: 'Na Sagrada Escritura, Deus fala ao homem à maneira dos homens. Portanto, para bem interpretar a Escritura, é necessário prestar atenção ao que os autores humanos realmente quiseram dizer, e àquilo que aprouve a Deus manifestar-nos pelas palavras deles.' (Catecismo da Igreja Católica, 109). Desta forma, são escrituras que merecem, de fato, essas atenção especial, essa dedicação, esse interesse, essa devoção.

quarta-feira, setembro 18, 2024

SETEMBRO, MÊS DA BÍBLIA.

DEVOÇÃO A BÍBLIA SAGRADA

O que é 'Devoção", exatamente?
Conforme encontramos no Dicionário, a palavra 'devoção', devotio, em latim, significa 'observância de certas práticas religiosas e piedosas; veneração especial; afeto, dedicação. Sendo assim, 'devoção' também pode ser definida como ao ato de dar uma atenção especial a algo ou alguém. Existem devotos e devotas de todos os tipos, dedicados a muitos santos e santas. Mas quando fazemos uma busca rápida pelos artigos da Internet, não encontramos muitos textos ligados diretamente ao assunto 'devoção à Bíblia Sagrada'. Por esta razão, vamos dedicar um tempo neste artigo a exploramos juntos mais essa possibilidade de devoção, pois está claro que as Sagradas Escrituras são consideradas muito dignas de atenção, em qualquer manifestação religiosa. Não seria diferente no Cristianismo, que considera suas escrituras sagradas como "Palavra de Deus'. Assim, faz todo sentido falar, então, de 'devoção à Bíblia Sagrada.

terça-feira, setembro 17, 2024

SETEMBRO MÊS DA BÍBLIA

SIGNIFICADO E SIMBOLISMO DA BÍBLIA

O significado espiritual da Bíblia Sagrada.
Para além desses aspectos mais técnicos e interpretativos que trouxemos acima, existe ainda um relação muito interessante entre o livro sagrado e os praticantes da religião em questão, e essa relação acontece em todas as religiões. Nos referimos ao fato de os seguires de determinada religião considerarem aqueles escritos como inspirados por sua divindade, ou seja, o aspecto sagrado do texto. Para o universo cristão, por exemplo, a Bíblia Sagrada é considerada a Palavra de Deus, escrita por inspiração do autores dos livros selecionados para compor o cânon (veja nosso artigo História da Bíblia Sagrada). E até esta seleção é considerada como inspirada por Deus nessa Tradição. Desta forma, o uso da Bíblia Sagrada enquanto Palavra de Deus perpassa os cultos, rituais e celebrações, fazendo parte da vida individual do cristão e cristã, sendo usada para oração pessoal e familiar, de diversas maneiras. Uma das mais conhecidas é a Leitura Orante. 

segunda-feira, setembro 16, 2024

CELEBRAMOS HOJE SÃO CORNÉLIO E SÃO CIPRIANO.

Amigos e defensores da fé.
Hoje (16/9), a Igreja celebra o papa São Cornélio e o bispo são Cipriano, dois amigos que se opuseram às heresias e blasfêmias de seu tempo. O que os levou a morrer como mártires.

Cornélio significa "duro como chifre" e durante sua vida honrou seu nome, pois enfrentou com firmeza a heresia de Novaciano, que proclamava que a Igreja Católica não tinha poder para perdoar os pecados. Entretanto, o papa se opôs e sustentou o perdão para o pecador verdadeiramente arrependido.

Entre os quer apoiava o papa estava são Cipriano, o qual o respaldou contra a heresia de Novaciano.

Porém, o sofrimento de são Cornélio não seria apenas por questões internas na Igreja, mas também pela perseguição aos cristão por parte do imperador Décio. Foi enviado ao desterro e morreu decapitado no ano 253.

Cipriano, bispo de Cartago, por sua vez, sofreu do mesmo modo a perseguição de Décio e do imperador Valeriano. Mais tarde, decretaram pena de morte a ele por continuar celebrando cerimônias religiosas e se opor a oferecer sacrifícios aos deuses. Ele, ao ouvir sua sentença, exclamou: "Graça sejam dadas a Deus". Em seguida, foi decapitado em setembro de 258.

Assim, os dois amigos, unidos na fé e no apoio em tempos difíceis, padeceram o mesmo suplício e deram testemunho aos demais cristãos para que permaneçam firmes na Verdade.

SETEMBRO MÊS DA BÍBLIA.

SIGNIFICADO E SIMBOLISMO DA BÍBLIA CATÓLICA.

O significado prático da Bíblia Sagrada
Como significados práticos, destacamos o caráter de objeto de estudo e o caráter moral da Bíblia Sagrada. É muito comum estudar os textos sagrados nas diversas religiões, também no cristianismo, através de cursos, escolas, reuniões e várias outras maneiras. É comum também buscar nos textos sagrados normas e diretrizes para reger um tipo ou estilo de vida, para adequar oi comportamento ao que é proposto pelos valores assumidos no grupo religioso. Caráter moral significa justamente isso: o conteúdo moral da Bíblia Sagrada, as leis e normas de conduta que são expressadas ao longo do texto. Outros significados práticos são possíveis, como, por exemplo, a função social da Bíblia Sagrada.

domingo, setembro 15, 2024

HOJE A IGREJA CELEBRA NOSSA SENHORA DAS DORES.

A Igreja Católica celebra hoje (15/9) a festa de Nossa Senhora das Dores, que ensina a ser forte diante dos sofrimentos da vida e ter Maria e seu Filho como companheiros de caminho.

Entre as sete dores de Nossa Senhora se encontram: a profecia de Simeão no templo, a fuga para o Egito, os três dias que Jesus esteve perdido, o encontro com Jesus levando a Cruz, sua Morte no Calvário, a lança que atravessa o coração de Jesus e quando é colocado no sepulcro.

Apesar de tudo, Ela se manteve firme na oração e na confiança na vontade de Deus. Agora a Virgem que nos ajudar a levar as nossas cruzes diárias porque foi no calvário onde Jesus Cristo nos deixou Maria como nossa mãe.

Por duas vezes no ano, a Igreja comemora as dores da Santíssima Virgem: na Semana da Paixão e também hoje, 15 de setembro.

A primeira destas comemorações é a mais antiga, posto que se instituiu em Colônia, na Alemanha, e em outras partes da Europa no século XV. Quando a festividade se estendeu por toda a Igreja, em 1727, com o nome das Sete Dores, manteve-se a referência original da Missa e do ofício da Crucificação do Senhor.

Na Idade Média, havia uma devoção popular pelos cinco gozo da Virgem Mãe, e pela mesma época se complementou essa devoção com outra festa em honra e suas cinco dores durante a Paixão. Mais adiante, as penas da Virgem Maria aumentaram para sete e não só compreenderam sua marcha para o Calvário, mas também sua vida inteira.

Aos frades Servitas - religiosas da Companhia de Maria Dolorosa-, que desde sua fundação tiveram particular devoção pelos sofrimentos de Maria, foi autorizado que celebrassem uma festividade em memória da Sete Dores, no terceiro domingo de setembro de todos os anos.

Santa Brígida da Suécia diz em suas revelações, aprovadas pela Igreja, que Nossa Senhora prometeu conceder sete graças a quem rezar, cada dia, sete Ave-Marias em honra de suas dores e lágrimas, meditando sobre elas.

A promessas são:
1- Porei a paz em suas famílias.
2- Serão iluminados sobre os divinos mistérios.
3- Consolá-los-ei em suas penas e acompanhá-los-ei em suas aflições.
4- Conceder-lhes-ei tudo o que me pediram, contanto que não se aponha e adorável vontade de meu divino Filho e a santificação de suas almas. 
5- Defendê-los-ei nos combates espirituais contra o inimigo infernal e protegê-los-ei em todos os instantes da vida.
6- Assistir-lhes-ei visivelmente no momento da morte e verão o rosto de Sua Mãe Santíssima.
7- Obtive de meu Filho, para os que propagarem esta devoção às minha lágrimas e dores, sejam transladados desta vida terrena à felicidade eterna, diretamente, pois ser-lhes-ão apagados todos seus pecados e meu Filho e eu seremos sua eterna consolação e alegria.
Fonte: AciDigital.
 

SETEMBRO MÊS DA BÍBLIA

SIGNIFICADO E SIMBOLISMO DA BÍBLIA CATÓLICA

Vários Significados da Bíblia Sagrada
Também ao tratarmos de significados vamos falar do assunto em dois sentidos: o que a Bíblia Sagrada significa: e os significados que podemos encontrar dentro da Bíblia. Esta compilação de escritos religiosa ao qual damos o nome de Bíblia significa muitas coisas e esses significados variam de acordo com a época e a cultura, certamente, e com a maior ou menor proximidade do sujeito em relação ao universo judaico-cristão: quanto mais envolvidas as pessoas, comunidades e até países com os ideais e as instituições religiosas, mais importantes será a Bíblia Sagrada, significando uma fonte espiritual e uma fonte de princípios morais, além de toda a riqueza literária e histórica, sobre a qual falamos acima. Quando vamos aos significados contidos na Bíblia Sagrada, ou seja, quando voltamos o olhar para os significados da simbologia bíblica, podemos nos espantar com a grandeza do universo peculiar que encontramos! Na Bíblia Sagrada, qualquer realidade pode ser transformada num símbolo, desde nomes até elementos simples. Vejamos alguns. Já no primeiro livro, nas primeiras linhas, surge o primeiro simbolismo bíblico, que estará presente em toda a trajetória dos livros canônicos: a água. Ela representa nascimento, vida, abundância, limpeza, purificação, penitência, renascimento e conversão, e ainda outros significados, variando de sentido, do Gênesis ao Apocalipse. A terra aparece como símbolo do que há de mais baixo no ser humano, às vezes, mas também como matéria da qual é feito, na criação. Assim, quando Jesus cospe no chão e faz barro, que é a união simbólica da água e da terra, para passar nos olhos no cego e curá-lo, temos um exemplo do alcance sutil da simbologia bíblica. Se você usar esta chave de leitura, ou seja, seguir esta maneira de raciocinar que propusemos com o exemplo da água e da terra, desvendará muitos elementos interessantes na exploração desse texto sagrado! Outros significados: a mulher, como símbolo de fraqueza, em Gêneses, e de fortaleza, em Apocalipse, e símbolo da Igreja; a serpente e o dragão, como símbolos do mal; o período de quarenta dias, como preparação para algo importante; o casamento, como símbolo da união entre Deus e seu povo; o pão, a farinha e o óleo, e também o Maná, como símbolo da providência divina; os sacrifícios e o sangue como marca de pertença a Deus; a nuvem, e a montanha como símbolo de lugar sagrado; o abismo como símbolo da perdição eterna. 

sábado, setembro 14, 2024

NOVENA A NOSSA SENHORA DAS DORES.


- Pelo Sinal da Santa Cruz...
- Em nome do Pai do Filho...

Oração Inicial
Oh, Virgem! A mais dolorosa do mundo depois de teu Filho, cujas dores estiveste perpetuamente associada, rogo-vos que me alcances fortaleza para sofrer por meus pecados, como vós sofrestes pelos nossos, a fim de que, crucificado minhas paixões e concupiscências na cruz de Cristo, levando-a pelo caminho de minha vida, caminhando em direção ao Senhor e perseverando constantemente ao vosso lado, Mãe minha, ao pé da cruz de vosso Filho, viva sempre e morra contigo, redimido e santificado pelo Sangue preciosíssimo de nosso Redentor. Também vos peço, por vossas dores, que ouças meu pedido nesta Novena e, se convém, concedas-me o que vos peço.
(Fazer os pedido)

Oh, Vigem dolorosa! Concedei-me que, assim como vós, por vossas dores recebes grande glória no céu e triunfas ali como rainha gloriosa dos mártires, assim eu também, depois de uma vida mortificada com Cristo, mereça viver eternamente na glória com Cristo. Concedei-me, Oh, rainha dos mártires, viver na cruz com paciência, morrer na cruz com esperança e reinar pela sua casa. 

- 3 Ave-Marias
- Pai Nosso que estás nos céus...
- Glória ao Pai ao Filho...

Rogai por nós, Virgem dolorosíssima, que estivesse constantemente junto à cruz de Jesus Cristo. Nossa Senhora da Boa Morte, rogai por nós!

OREMOS:
Rogamos-Te, Senhor nosso Jesus Cristo, que interceda ante Tua clemência à bem-aventurada Virgem Maria, tua Mãe, cuja alma foi atravessada pela espada de dor na hora de Tua Paixão. Pedimos por ti, Oh! Jesus Cristo, Salvador do mundo, que vives e reinas com o Pai e o Espírito Santo pelos séculos dos séculos. Amém.

Oração final.
Lembrai-vos, Virgem Mãe de Deus, quando estiverdes na presença do Senhor, de falar em favor nosso e apartar sua indignação de nós. Oh, Santíssima Mãe, faz-me esta graça: fixai, em meu coração, com eficácia, as chagas de Jesus crucificado. Fazei que de Cristo e mim leve a morte, que participe de Sua Paixão e sorte e medite em Suas chagas. Para que não arda nos eternos fogos, defendei-me Vós, Oh, Virgem, com teus rogos, no dia do juízo. E Vós, Oh! Cristo, ao sair eu desta vida, por vossa Mãe querida, fazei que cheguei à palma de vitória. Quando meu corpo mora, tens que minha alma adquira do paraíso a glória. Amém.

SETEMBRO MÊS DA BÍBLIA

SIGNIFICADO E SIMBOLISMO DA BÍBLIA CATÓLICA.
Bíblia Sagrada, um livro cheio de simbolismo
Existem várias maneiras de pensar o simbolismo da Bíblia Sagrada, que vamos resumir em duas, neste artigo: a Bíblia é considerada símbolo da comunicação divina com o humano, artigo de estudos e até mesmo um símbolo da verdade - aqui lembramos o costume de jurar sobre a Bíblia Sagrada, imortalizado pelas práticas do Direito: talvez isso se deva pelo fato de ela, a Bíblia, conter a narrativa da transmissão da lei divina a Moisés, no monte Sinai, dentre outras passagens que poderiam se adicionada a esta, tão conhecida. E quando pensamos na simbologia que podemos encontrar dentro da Bíblia Sagrada, os horizontes se expandem ainda mais, pois suas narrativas fazem chegar até nós elementos de diferentes culturas, com acento nas culturas judaica e cristã, em seus primórdios. Podemos perceber elementos históricos, políticos, geográficos, além de mentalidade de povos diferentes, costumes, etc. E não podemos deixar de falar dos livros poéticos, como o Cântico dos Cânticos, o livro de Tobias ou os Salmos, que são histórias de amor, e poesia de mais elevada, pérolas da literatura mundial. Sem contar que esse tom poético perpassa toda a trajetória dessas escrituras. E há, ainda, os livros proféticos, que de maneira bastante particular, se utilizam de simbolismo presentes em diversos universos culturais e, não poucas vezes, extrapolam a própria simbologia da época. Um exemplo disso é o Apocalipse de São João, considerado por muitos como o livro mais enigmático que já foi escrito.

sexta-feira, setembro 13, 2024

SÉRIE: HISTÓRIA DOS PAPAS

SÃO SISTO (XISTO) I
7° PAPA DA IGREJA

Pontificado 115 - 125 (10 anos)
Festa Litúrgica 6 de abril

Patrício romano, o pai de Sisto, descendente da nobre família Elpidia, chamava-se Pastor. Como papa, Sisto I emitiu três decretos importantes: somente aqueles admitidos às Ordens Sacras poderiam tocar o cálice sagrado e a patena (decreto cumprido até a década de 1960); bispos que tinham sido convocados para encontrar o papa não seriam recebidos de volta pela sua diocese sem autorização papal; e após o Prefácio da Missa, a oração dos Sanctus seria recitada em conjunto pelo sacerdote e pele assembleia. Ele também foi martirizado, e sua festa é celebrada em 6 de abril do calendário romano, todavia a cidade romana comemora a festa do traslado de suas relíquias em 11 de janeiro.

Sepultado perto dos outros papas na Colina do Vaticano, o corpo de São Sisto I permaneceu nela até 1132. Nesse ano, o papa reinante permitiu seu traslado de Roma a Alife, uma cidadezinha na província de Caserta que estava sendo assolada por uma terrível peste; os habitantes locais acreditavam que as relíquias de Sisto realizariam um milagre contra a peste.

Perto de Alatri, uma mula que transportava o relicário parou e se recusou a continuar. O bispo de Alatri interveio e ordenou que o animal teimoso fosse levado até sua catedral, onde ele parou. Então se decidiu que um dedo do santo seria levado a Alife e que o restante do corpo permaneceria em Alatri. Escondidas durante a invasão dos sarracenos, as relóquias estiveram perdidas por quatro séculos até a quarta-feira após a Páscoa de 1584, quando foram descobertas pelo bispo Donato. Por isso, São Sisto passou a ser o padroeiro da cidade. Desde então, em 11 de janeiro é realizado o grande festival de Alatri, com Missa Solene e procissão. 

SETEMBRO MÊS DA BÍBLIA.

SIGNIFICADO E SIMBOLISMO DA BÍBLIA CATÓLICA.
Bíblia Sagrada, um livro cheio de significado
Dizer 'um livro cheio de significado' é bem diferente de dizer 'um livro cheio de significados': no singular, o termo nos chega aos olhos de maneira mais universal, abrangendo todos os possíveis significados que o termo no plural possa apresentar. A Bíblia Sagrada, certamente, é digna de receber este elogio, esta afirmação de que é um 'livro cheio de significado'. Além de ser o livro mais impresso, estima-se que ela foi traduzida para três mil idiomas, aproximadamente, e que foram vendidos 3,9 bilhões de exemplares, para mais. É uma das compilações de textos sagrados mais estudada no mundo, objeto de inúmeras controvérsias, conversas e usos.

QUINTA APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA.

13 de setembro de de 1917


Na quinta aparição recomendou que continuassem a rezar o terço para o vim da guerra, disse que Deus estava contente com os sacrifícios dos pastorinhos e reafirmou que faria um milagre em outubro.

Ao longo das sucessivas aparições de Nossa Senhora na Cova da Iria, aumentava  número dos que nelas acreditavam. No dia 13 de setembro verificou-se um extraordinário número de peregrinos presentes no local. Muitos já se haviam posto a caminho desde o dia anterior e formavam uma multidão cheia de respeito, calculada entre quinze e vinte mil pessoas, ou talvez mais.

Assim narra a Irmã Lúcia.
"Ao aproximar-se a hora, lá fui, com a Jacinta e o Francisco, entre numerosos pessoas que a custo nos deixavam andar. As estradas estavam apinhadas de gente. Todos nos queriam ver a falar. Ali não havia respeito humano. Numerosas pessoas, e até senhoras e cavalheiros, conseguindo romper por entre a multidão que à nossa volta se apinhava, vinham prostrar-se, de joelhos, diante de nós, pedindo, que apresentássemos a Nossa Senhora as suas necessidades". 

Tão logo chegaram à Cova da Iria, junto da carrasqueira começaram a rezar o Terço com o povo.

"Pouco depois, vimos o reflexo da luz a seguir Nossa Senhora sobre a azinheira.
- Continuem a rezar o Terço, para alcançarem o fim da guerra. Em outubro virá também Nosso Senhor, Nossa Senhora das Dores e do Carmo, São José com o Menino Jesus, para abençoarem o mundo. Deus está contente com os vossos sacrifícios, mas não quer que durmais com a corda; trazei-a só durante o dia".

As crianças tinham passado a usar com cilício um pedaço de corda grossa, que não tiravam nem para dormir. Isto lhes impedia muitas vezes o sono e passavam noites inteiras em claro. Daí o elogio e a recomendação de Nossa Senhora.

Irmã Lúcia continua a narrar seu diálogo com a Virgem Santíssima.
- Têm-me pedido para Lhe pedir muitas coisas: a cura de alguns doentes, de um surdo-mudo.
- Sim, alguns curarei; outros não. Em outubro farei o milagre, para que todos acreditem.
"E começando a elevar-se, desapareceu como de costume".

Ainda que breve, a aparição de Nossa Senhora deixou os pequenos videntes felicíssimos, consolados e fortalecidos em sua fé. Francisco, de modo especial, sentia-se transportado de alegria com a pespectiva "de que, no próximo mês, veriam Nosso Senhor", como lhe prometera a Rainha do Céu e da terra.

- Fato ocorrido a 107.

NOVENA A NOSSA SENHORA DAS DORES


- Pelo Sinal da Santa Cruz...
- Em nome do Pai do Filho...

Oração Inicial
Oh, Virgem! A mais dolorosa do mundo depois de teu Filho, cujas dores estiveste perpetuamente associada, rogo-vos que me alcances fortaleza para sofrer por meus pecados, como vós sofrestes pelos nossos, a fim de que, crucificado minhas paixões e concupiscências na cruz de Cristo, levando-a pelo caminho de minha vida, caminhando em direção ao Senhor e perseverando constantemente ao vosso lado, Mãe minha, ao pé da cruz de vosso Filho, viva sempre e morra contigo, redimido e santificado pelo Sangue preciosíssimo de nosso Redentor. Também vos peço, por vossas dores, que ouças meu pedido nesta Novena e, se convém, concedas-me o que vos peço.
(Fazer os pedido)

Oh, Vigem dolorosa! Pela dor acompanhaste vosso Filho à sepultura e ali O deixaste sepultado, concedei-me que eu morra com os auxílios da religião e seja sepultado entre os fiéis cristãos com Cristo: para que, no dia do juízo, mereça ressuscitar com os verdadeiros cristãos e ser levado à direita do pai.  

- 3 Ave-Marias
- Pai Nosso que estás nos céus...
- Glória ao Pai ao Filho...

Rogai por nós, Virgem dolorosíssima, que estivesse constantemente junto à cruz de Jesus Cristo. Nossa Senhora da Boa Morte, rogai por nós!

OREMOS:
Rogamos-Te, Senhor nosso Jesus Cristo, que interceda ante Tua clemência à bem-aventurada Virgem Maria, tua Mãe, cuja alma foi atravessada pela espada de dor na hora de Tua Paixão. Pedimos por ti, Oh! Jesus Cristo, Salvador do mundo, que vives e reinas com o Pai e o Espírito Santo pelos séculos dos séculos. Amém.

Oração final.
Lembrai-vos, Virgem Mãe de Deus, quando estiverdes na presença do Senhor, de falar em favor nosso e apartar sua indignação de nós. Oh, Santíssima Mãe, faz-me esta graça: fixai, em meu coração, com eficácia, as chagas de Jesus crucificado. Fazei que de Cristo e mim leve a morte, que participe de Sua Paixão e sorte e medite em Suas chagas. Para que não arda nos eternos fogos, defendei-me Vós, Oh, Virgem, com teus rogos, no dia do juízo. E Vós, Oh! Cristo, ao sair eu desta vida, por vossa Mãe querida, fazei que cheguei à palma de vitória. Quando meu corpo mora, tens que minha alma adquira do paraíso a glória. Amém.

quinta-feira, setembro 12, 2024

SÉRIE SANTOS CASADOS

(A santidade no matrimônio ao longo dos séculos)

NOSSA SENHORA E SÃO JOSÉ

Em uma série dedicada aos santos e beatos que viveram o matrimônio, não podemos deixar de mencionar o mais consagrado casal entre os casais; pelo contrário, o caráter, sentido e propósito singulares que sua vida conjugal adquire no plano divino da salvação merecem ser colocados em primeiro lugar.

Entre as opiniões correntes acerca do matrimônio de Maria e José, algumas das quais se consideram católicas, é possível encontras duas vertentes opostas. Existem os que têm fortes ressalvas em admitir que havia um matrimônio real, verdadeiro, incontestável e indissolúvel entre Maria e José. Outros, não raro, sustentam - às custas da perpétua virgindade de Maria, um dogma já atestado pelas mais antigas profissões de fé - que São José usufruiu de sua união com a Virgem inclusive em relação ao sexo, e que o seu "primogênito", o Filho de Deus encarnado, Jesus Cristo, foi concebido e nasceu de maneira totalmente natural, e que, além disso, depois vieram outros filhos e filhas, resultado das relações sexuais a que teriam dado prosseguimento - os "irmãos e irmãs de Jesus" mencionados nas Sagradas Escrituras.

Em primeiro lugar, é impossível negar a verdade de que entre Maria e José houve de fato um matrimônio, não só metafórica ou figurativamente, mas em seu sentido completo e verdadeiro. O noivado de ambos foi concluído em seu casamento, quando São José levou Maria à sua casa, seguindo a instrução do anjo: "José, filho de Davi, não temas receber em tau casa Maria, tua esposa" (Mt 1,20).

De fato, não há dúvida sobre a existência de um verdadeiro matrimônio entre Maria e José: José não se comprometeu com Maria no sentido de ser meramente seu "noivo", no sentido atual da palavra, mas foi, sim, no sentido completo e legítimo do termo, seu marido e esposo, da mesma maneira que Maria foi também mulher e esposa de José. As Sagradas Escrituras utilizam o título correspondente, quando em Mateus 1,16, por exemplo, diz-se: "E Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado o Cristo". Em Lucas 2,4-5, no registro da jornada do casal santo a Belém para o recenseamento, diz-se: "E José foi também da Galileia, da cidade de Nazaré, à Judeia, à cidade de Davi, que se chamava Belém, porque era da casa e família de Davi, para se recensear juntamente com Maria, sua esposa (desponsata sibi, segundo a tradução da Vulgata), que estava grávida". 

Além disso há o fato claramente atestado nos Evangelhos de que Maria e José realmente viveram juntos, dividiram um lar, e eram considerados entre seus parentes e conhecidos como vivendo uma relação conjugal. Como os israelitas daquela época possuíam conceitos rigorosos de moralidade e decência na vida conjugal e familiar, adultos que não fossem do mesmo sexo ou que não fizessem parte da mesma família não podiam viver sob o mesmo teto, e menos que fossem unidos em matrimônio como marido e mulher.

Nas escrituras consta explicitamente que São José recebeu Maria em sua casa, que cumpriu seus deveres de esposo com fé e responsabilidade, e que Maria, reciprocamente, cumpriu seus deveres de esposa para com José. Eles fizeram juntos o caminho até Jerusalém, para as festas religiosas, foram juntos ao Egito, fugindo da perseguição de Herodes e, por fim, viveram juntos em Nazaré.

De acordo com tudo que relata nas Sagradas Escrituras, não há dúvidas, portanto, de que Maria e José uniram-se em um matrimônio totalmente legítimo. Antigamente, era um belo costume da liturgia totalmente. Antigamente, era um belo costume da liturgia da Igreja celebrar o casamento da Virgem Maria na data de 23 de janeiro. Depois de 1914, a celebração deixou de ser obrigatória devido à reforma do calendário litúrgico pelo Santo Papa Pio X, mas seguiu como uma festa particular de diversas igrejas locais até ser totalmente abolida, na reforma de 1969. Isso não nos impede de recordar o mistério comemorado nessa antiga festa, tampouco altera o fato bíblico, de que Maria, a Santíssima Virgem e Mãe de Deus, não era simplesmente comprometida com São José, mas casada com ele.

É claro que Maria prometeu a Deus ou chegou a fazer votos de virgindade perpétua - podemos aceitar que essa tenha sido um inspiração especial do Espírito Santo. Para o povo de Israel, na época, uma menina saudável atingir a maturidade sexual e permanecer solteira era impossível e impensável. Então, era certamente parte do plano divino que Maria fosse desposada, a despeito de sua promessa a Deus ou de seu voto de castidade. O carpinteiro José da casa e da linhagem de Davi, era o companheiro que a Divina Providência destinara e prepara para Maria, dotando-o da nobreza e integridade de caráter necessárias para que naquele matrimônio o esposo respeitasse a virgindade da esposa.

Assim como em qualquer casamento, o de Maria e José tinha como propósito a mais íntima união de duas pessoas entre si. Nesse caso, contudo, ambos concordaram em renunciar às relações sexuais.

No casamento, o uso legítimo e natural das capacidades sexuais recebidas de Deus, para deleite mútuo dos cônjuges e para a propagação da vida, é também parte do plano divino.
Contudo, esse uso se trata necessariamente de uma obrigação; pode-se efetivamente renunciar a ele quando se deseja fortalecer ainda mais a união espiritual do casal. De fato, deve-se renunciar a esse direito quando houver o comando divino para tal ou quando o Reino dos Céus estiver em jogo. A abstinência temporária ou permanente de relações sexuais no casamento, como foi o caso de Maria e José, demonstra que a satisfação de desejos carnais e sexuais não é absolutamente necessária para a verdadeira felicidade conjugal. O contentamento espiritual do casamento vivido dessa maneira pode torná-la mais belo e prazeroso como recompensa.

Chegamos, então, à qualidade singular que eleva o matrimônio de Maria e José acima de todos os outros, por mais íntimo e terno que seja o amor de ambos os cônjuges: tratava-se de um matrimônio virginal, ou seja, as duas partes desse casamento em total liberdade e de plena consciência, renunciaram para sempre ao exercício do direito às relações sexuais entre si.

A prova disso está bem clara nas Sagradas Escrituras: No Evangelho, na passagem da Anunciação (Lc. 1, 26-38), lê-se Maria declarando solenemente ao anjo Gabriel: "eu não conheço varão", Como resposta à mensagem mais importante e honrosa já enviada dos céus a um ser humano - a de que ela, Maria, se tornaria a mãe do Messias, o Filho de Deus - disse: "Como se fará isso, pois eu não conheço varão?" (Lc 1,34). Maria, sábia e humilde virgem, de maneira alguma quis com essas palavras esquivar-se da missão que Deus lhe atribuíra. No entanto, ela não compreendia como a declaração do anho, de que iria conceber e dar à luz uma criança, poderia ser cumprida! Ela pediu explicação ao mensageiro dos céus. "Como se fará isso, pois eu não conheço varão?". Não se aplicaria o ditado "Porque a boca fala do que o coração está cheio" (Mt 12,34) à resposta de Maria? Seu coração estava repleto do desejo e da determinação de permanecer completa e absolutamente consagrada a Deus em perpétua virgindade. Até então ela a preservara sem máculas tanto no sentido físico quando no espiritual; e estava determinada a continuar preservando esse tesouro precioso. 
Além disso, estava convencida de que a decisão de prometer sua virgindade fora aprovada e abençoada por Deus; caso contrário a pergunta de Maria não faria nenhum sentido. Sua decisão de permanecer eternamente virgem era algo que ela já havia firmado, e nenhuma oferta, não importa quão honrosa ou de que origem fosse, poderia fazê-la mudar de ideia.

Diante de tal postura da parte de Maria, podemos razoavelmente concluir que ela consentiu o noivado com José apenas sob a condição de que sua virgindade fosse preservada durante o matrimônio.

Se José concordou com essa condição, podemos com isso tirar algumas conclusões acerca de suas perspectivas espirituais e valores morais. Se ele concordou com o noivado e o casamento com Maria diante de condições tão incomum, como mencionada anteriormente, então ele - que naquele momento não tinha a menor ideia do grande acontecimento salvífico que estava por vir, a encarnação do Filho de Deus no seio de sua noiva - deve ter considerado Maria uma pessoa de estremo valor, como de fato o era, com a coroa de sua virgindade intacta, e quis unir-se para sempre a ela, a despeito disso, ou exatamente por essa mesa razão. Mas se esse homem tinha a virgindade de Maria em tão alta conta, ele próprio era uma pessoa inteiramente justa, nobre e casta que, com o coração alegre, quis renunciar aos prazeres do sexo no casamento e às bênçãos dos filhos para ser capaz de proteger um bem ainda mais precioso; a pureza e a virgindade de sua esposa.

Nesse sentido, nossa atenção volta-se para o fato de que Maria e José entraram em seu pacto de noivado e matrimônio apenas ao prometerem um ao outro a virgindade perpétua, ou seja, após concordarem mutuamente em absterem-se para sempre das relações conjugais, já que, sem o consentimento de São José à virgindade de Maria, tão agradável que era a Deus, tal decisão da parte dela teria anulado o contrato de casamento logo no início.

É preciso ter em mente que o laço matrimonial entre Maria e José foi estabelecido por ambas as partes com total liberdade e consciência, como uma aliança virginal, a fim de que possamos apreciar adequadamente a grande referência que São José tinha por sua imaculada noiva - e isso, vale lembrar, antes que tivesse qualquer ideia de que Maria havia sido escolhida e chamada por Deus.

O fato de que São José comprometeu-se a estabelecer um acordo de matrimônio virginal com Maria merece ainda mais reflexão. Até então, o mundo não havia testemunhado um tal acontecimento, e sequer o considerava possível. A própria Antiga Aliança nunca havia visto um acordo como aquele. Mesmo na Nova Aliança, como veremos, as imitações desse acordo de matrimônio virginal são extremamente raras. É certo que de tempos em tempos, na história da Igreja, existiram generosamente indivíduos que, com os olhos voltados a Cristo e por amor ao Reino dos Céus, consagraram entusiasticamente sua virgindade a Deus com uma fidelidade imperturbável, especialmente no contexto sacerdotal e monástico. Porém, tais nobres almas, que mantiveram a promessa de observar a virgindade  perpétua e fiel durante toda a vida, renunciaram inteiramente ao casamento e viveram como solteiras e celibatárias, em vez de casaram-se e renunciarem a seus direitos conjugais. Homens e mulheres que optaram deliberadamente por viver a vida celibatária, seguindo o exemplo de Maria e José, e que de fato viveram dessa maneira, são - como iremos observar - a exceção, mesmo entre beatos e santos. Aqui surge frequentemente a pergunta: não faria mais sentido, então, e não seria mais propício à perfeição, a Maria e a José, que renunciassem totalmente ao matrimônio ao invés de optar por um matrimônio celibatário? Jesus Cristo e seu Apóstolo Paulo não tinham em alta conta o estado celibatário e a vida de castidade? E não é essa, precisamente, a razão por que a Igreja exige que seus padres não se casem e vivam o celibato? E o Concílio de Trento não emitiu uma doutrina a respeito da superioridade do estado virginal sobre o matrimonial, nas seguintes palavras: "Se alguém disser que o estado de Matrimônio deve ser preferido ao estado de virgindade ou de celibato, e que não é melhor nem mais feliz manter-se em virgindade ou celibato que casar-se, seja anátema"?

Para que se compreenda corretamente o matrimônio de Maria e José, é preciso levar em conta as circunstâncias da época e os planos da Divina Providência.

Uma série de razões, listadas desde cedo por grandes Padres da Igreja, como Santo Ambrósio e Santo Agostinho, deve ter feito o contrato de casamento parecer aconselhável, e mesmo necessário, a Maria e José, apesar de sua decisão de manter a castidade perpétua:

1. Em primeiro lugar, naquela época, entre o povo israelita, a visão predominante era de um adulto, uma pessoa sexualmente madura, não podia renunciar ao casamento. É claro que não havia uma lei exigindo um matrimônio, mas essa atitude era vista como uma ofensa à tradição e ao decoro público.

Havia outra importante razão religiosa para isso: naquela época, entre os israelitas, todos os olhos estavam voltados à promessa do Messias que viria. Nos filhos ou netos, bisnetos e tataranetos, os fiéis israelitas acreditavam fortemente que poderiam ter sua participação na bênção messiânica. A bênção dos filhos era vista como o cumprimento da promessa de Deus a Abraão; por outro lado, a falta deles era considerada uma terrível desgraça, às vezes até mesmo um castigo divino. Por isso é compreensível que durante todo o Antigo Testamento não tenha sido nomeada nenhuma virgem sobre quem se poderia dizer com certeza que renunciara deliberada e voluntariamente ao matrimônio.

2. É preciso entender também que, segundo a visão israelita da época, o estado matrimonial era mais valorizado que o celibato. Hoje em dia, vemos situação semelhante em uma sociedade superficialmente cristã, em que quase não restaram vestígios da antiga valorização da virgindade. De qualquer maneira, era mais conveniente a Maria, por um série de motivos, esconder sua decisão de permanecer virgem sob o manto do casamento. O mesmo pode dizer de São José. Ele também era, em certa medida, impedido pelas circunstâncias a casar-se a despeito de sua decisão de manter o celibato. Quem determinou as circunstâncias da época dessa maneira, em última instância, foi Deus, em sua onisciente Providência. Em sua Suam Teológica, Santo Tomás de Aquino explica a sabedoria da Providência divina em fazer com que dois virgens, Maria e José, se unissem em matrimônio - num matrimônio virginal para ser exato:

a. Se o nascimento do Filho de Deus encarnado, aos olhos do mundo - que naquela época considerava totalmente impossível uma concepção e um nascimento virginais - não fosse protegido por um pai legítimo, o Salvador seria exposto à calúnia de ser considerado bastardo ou filho ilegítimo, e sua mãe, a qual era abençoada e virgem, seria considerada uma simples mãe solteira. Era necessário que Cristo e Sua Mãe pudessem aparecer em público honrosamente e sem reprovação. Isso só seria possível se Jesus, a despeito de sua concepção virginal, nascesse de uma união legítima.

b. Além disso, o Messias prometido deveria vir da linhagem do Rei Davi. Sem a união conjugal de José (descendente de Davi) com Maria, Jesus Cristo Jamais teria sido assumido legitimamente como "Filho de Davi", ainda que a própria Maria fizesse parte da mesma linhagem.

c. Por fim, é fácil perceber por que era muito mais vantajoso para Maria que o Divino Filho, virginalmente concebido, nascesse de um matrimônio, já que dessa forma ela - especialmente durante a infância e adolescência do Deus-Homem - teria José a seu lado para ajudá-la e protegê-la de quaisquer apuros e perigos.

Há diversas outras razões pelas quais convinha a Maria desposar José. Se alguma vez o ditado "Estava escrito nas estrelas" foi verdadeiro, certamente o foi no caso do laço sagrado entre Maria e José: desde a eternidade o Deus trino predestinou Maria para ser a Mãe do Redentor, e preparou também primorosamente tudo o que poderia servir a esse propósito.

Assim, se o grande mistério da Encarnação do Filho de Deus seria cumprido sob o véu do matrimônio, era necessário providenciar à futura Mãe de Deus um esposo digno. "Façamos um auxiliar que lhe corresponda" (cf. Gn 2,18) - talvez assim se tenha pronunciado o Deus trino, como o fizera na criação do primeiro homem. Na medida do possível, o noivo e esposo escolhido para a mais virtuosa noiva deveria ser de origem igualmente nobre, especialmente quando às disposições do coração. Quando consideramos tudo isso como parte do plano providencial divino, começamos a compreender que São José, ao dar a mão a Maria em um matrimônio casto, superou imensamente não apenas os seus contemporâneos, mas os homens de todas as épocas, na abundância de suas virtudes. Também podemos ver como essas duas almas virginais encontraram-se e compreenderam-se tão bem uma à outra que ofereceram mutualmente o inestimável tesouro da virgindade. Ao oferecer a Maria sua mão e seu coração em um matrimônio virginal, assim como ao confiar-lhe sua própria virgindade como um precioso dote de noivado, José deu a Virgem algo muito mais valioso que a daria o pobre descendente da linhagem real de Davi se trouxesse consigo um reino, em vez de um modesto lar e uma carpintaria. Da mesma maneira, quando Maria o escolheu para ser o eterno protetor, o legítimo mestre e detentor de sua imaculada pureza e virgindade, conferiu a São José um tesouro sem igual em toda a Terra. 

HOLBÖCK, Ferdinand. Santos Casados: A santidade no matrimônio ao longo dos séculos. P. 3 RS: Minha Biblioteca Católica 2020.     

SETEMBRO MÊS DA BÍBLIA.

DIFERENÇAS ENTRE DIVERSAS TRADUÇÕES DA BÍBLIA SAGRADA.

Como vimos acima, a escolha do cânon oficial da Bíblia Sagrada foi uma tarefa difícil e demorada, realizada por diversas pessoas. Um dos resultados desse processo e da forma como foi realizada, é que nos dias de hoje contamos com diversas traduções do livro sagrado dos cristãos. Os concílios acima citados foram, em sua maioria, realizados antes dos eventos que fragmentaram o cristianismo e o tornaram como o vemos hoje. Uma das principais diferenças entre as traduções da Bíblia é a presença ou ausência de sete livros no Antigo Testamento. São Eles: Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruc, 1 Macabeus e 2 Macabeus, além de alguns fragmentos do livro de Ester (10, 4-16,24) e Daniel (3,24-90;13-14). Ainda é preciso considerar as diferenças de linguagem em cada língua para a qual esta compilação de livros foi traduzida, e as atualizações dessas mesmas línguas, que acabam por conferir ao texto enormes diferenças e várias possibilidades de interpretação. Por esta razão, é desejável conhecer as fontes e isto pode facilmente se realizado através de pesquisas e estudos, nos dias de hoje, com a tecnologia que temos às mãos. Apesar dessas diferenças, a comunidade cristã, considerada como um todo, aprecia a Bíblia como um livro inspirado por Deus - a Palavra de Deus - utilizando-o para seus cultos, reuniões e liturgias, além de considerá-la como o guia maior a ser ouvido por cada seguidor e seguidora de Cristo. 

NOVENA A NOSSA SENHORA DAS DORES

SÉTIMO DIA

- Pelo Sinal da Santa Cruz...
- Em nome do Pai do Filho...

Oração Inicial
Oh, Virgem! A mais dolorosa do mundo depois de teu Filho, cujas dores estiveste perpetuamente associada, rogo-vos que me alcances fortaleza para sofrer por meus pecados, como vós sofrestes pelos nossos, a fim de que, crucificado minhas paixões e concupiscências na cruz de Cristo, levando-a pelo caminho de minha vida, caminhando em direção ao Senhor e perseverando constantemente ao vosso lado, Mãe minha, ao pé da cruz de vosso Filho, viva sempre e morra contigo, redimido e santificado pelo Sangue preciosíssimo de nosso Redentor. Também vos peço, por vossas dores, que ouças meu pedido nesta Novena e, se convém, concedas-me o que vos peço.
(Fazer os pedido)

Oh, Vigem dolorosa! Pela dor que acompanhastes vosso Filho à sepultura e ali O deixaste sepultado, concedei-me que eu morra com os auxílios da religião e seja sepultado entre os fieis cristãos com Cristo; para que, no dia do juízo, mereça ressuscitar com os verdadeiros cristãos e ser levado à direita do Pai. 

- 3 Ave-Marias
- Pai Nosso que estás nos céus...
- Glória ao Pai ao Filho...

Rogai por nós, Virgem dolorosíssima, que estivesse constantemente junto à cruz de Jesus Cristo. Nossa Senhora da Boa Morte, rogai por nós!

OREMOS:
Rogamos-Te, Senhor nosso Jesus Cristo, que interceda ante Tua clemência à bem-aventurada Virgem Maria, tua Mãe, cuja alma foi atravessada pela espada de dor na hora de Tua Paixão. Pedimos por ti, Oh! Jesus Cristo, Salvador do mundo, que vives e reinas com o Pai e o Espírito Santo pelos séculos dos séculos. Amém.

Oração final.
Lembrai-vos, Virgem Mãe de Deus, quando estiverdes na presença do Senhor, de falar em favor nosso e apartar sua indignação de nós. Oh, Santíssima Mãe, faz-me esta graça: fixai, em meu coração, com eficácia, as chagas de Jesus crucificado. Fazei que de Cristo e mim leve a morte, que participe de Sua Paixão e sorte e medite em Suas chagas. Para que não arda nos eternos fogos, defendei-me Vós, Oh, Virgem, com teus rogos, no dia do juízo. E Vós, Oh! Cristo, ao sair eu desta vida, por vossa Mãe querida, fazei que cheguei à palma de vitória. Quando meu corpo mora, tens que minha alma adquira do paraíso a glória. Amém.

EDITORIAL.

SÉRIE SANTOS CASADOS
(A Santidade no matrimônio ao longo dos séculos)
"O casamento é uma instituição divina, constituída, antes da formação da sociedade humana. O Criador fez o homem e dele tirou a mulher, e ordenou o casamento condição indispensável para perpetuar a raça humana". (Gn 1.27-28)

Muitos homens e mulheres sacrificaram suas vidas, seus objetivos, suas vontades e seus desejos para viver um casamento santo.
Durante a história de nossa Santa Igreja, muitos casais tiveram a vida e seus lares santos, nos deixando um legado para a sustentação e santificação das nossas famílias.
A família hoje passou a não valer mais nada, sendo a cada dia destruída, perseguida e quase que aniquilada, levando a destruição dos valores religiosos dos lares.
Para trazer a luz e ao conhecimento esses grandes santos e santas, que iremos lançar o série SANTOS CASADOS, e esperamos que a vida desses casais Santos da vida da Igreja seja exemplo para a nossa sociedade e principalmente para nossa Igreja, para reconstruir nossas famílias para que essas passem a ser o alicerce de santificação para o nosso povo.
Então todas as Quintas-feiras iremos trazer a história de um CASAL SANTO. Acompanhe.

quarta-feira, setembro 11, 2024

SETEMBRO MÊS DA BÍBLIA.

COMO FOI A SELEÇÃO DOS LIVROS DA BÍBLIA
A seleção de livros que compõe a Bíblia não foi um evento realizado de uma só vez: ela aconteceu ao longo de muitos séculos e foi realizado por pessoas que pertenciam a diferentes grupos de pessoas, culturas e povos. A lista oficial desses livros é chamada de 'cânon', uma palavra grega que significa decreto, regra, ou modelo a ser seguido. O cânon da Bíblia Sagrada é fruto das decisões de autoridades religiosas que iniciaram essa discussão já no terceiro e segundo século antes da era cristã, quando foram decididos quais seriam os livros que iriam fazer parte da Tanakh, a bíblia dos judeus. Esse cânon influenciou diretamente a escolha dos livros que iriam compor o Antigo Testamento, ou a primeira parte da Bíblia, e o critério que foi usado para defini-lo foram os seguintes: ter sido escrito entre os anos 455-428 a.C., ou seja, antes de Esdras, e não apresentar contradições com a contradições com a Torá ou Lei de Moisés. 

Havia muitos outros livros que poderiam ter entrado no cânon, tanto no Antigo Testamento, quanto no Novo Testamento. Sobre a segunda parte da Bíblia Sagrada, o Novo Testamento, a discussão aconteceu nos concílios de Nicéia, no ano 325 d.C., de Hipona, no ano 392; de Cartago II, em 397 e Cartago IV, em 419; de Trulos, em 692; e ainda nos concílios ecumênicos de Florença, em 1442; de, Trento, em 1546 e Vaticano I, no ano de 1870. 

NOVENA A NOSSA SENHORA DAS DORES

SEXTO DIA

- Pelo Sinal da Santa Cruz...
- Em nome do Pai do Filho...

Oração Inicial
Oh, Virgem! A mais dolorosa do mundo depois de teu Filho, cujas dores estiveste perpetuamente associada, rogo-vos que me alcances fortaleza para sofrer por meus pecados, como vós sofrestes pelos nossos, a fim de que, crucificado minhas paixões e concupiscências na cruz de Cristo, levando-a pelo caminho de minha vida, caminhando em direção ao Senhor e perseverando constantemente ao vosso lado, Mãe minha, ao pé da cruz de vosso Filho, viva sempre e morra contigo, redimido e santificado pelo Sangue preciosíssimo de nosso Redentor. Também vos peço, por vossas dores, que ouças meu pedido nesta Novena e, se convém, concedas-me o que vos peço.
(Fazer os pedido)

Oh, Vigem dolorosa! Pela dor que tiveste viste Jesus cravado na cruz, concedei-me que eu me aproveite dos frutos de Sua Paixão, que seja um cristão verdadeiro, crucificado com Cristo, e que considere como uma honra a padecer e sofrer algo por ser cristão e praticar as virtudes cristãs.  

- 3 Ave-Marias
- Pai Nosso que estás nos céus...
- Glória ao Pai ao Filho...

Rogai por nós, Virgem dolorosíssima, que estivesse constantemente junto à cruz de Jesus Cristo. Nossa Senhora da Boa Morte, rogai por nós!

OREMOS:
Rogamos-Te, Senhor nosso Jesus Cristo, que interceda ante Tua clemência à bem-aventurada Virgem Maria, tua Mãe, cuja alma foi atravessada pela espada de dor na hora de Tua Paixão. Pedimos por ti, Oh! Jesus Cristo, Salvador do mundo, que vives e reinas com o Pai e o Espírito Santo pelos séculos dos séculos. Amém.

Oração final.
Lembrai-vos, Virgem Mãe de Deus, quando estiverdes na presença do Senhor, de falar em favor nosso e apartar sua indignação de nós. Oh, Santíssima Mãe, faz-me esta graça: fixai, em meu coração, com eficácia, as chagas de Jesus crucificado. Fazei que de Cristo e mim leve a morte, que participe de Sua Paixão e sorte e medite em Suas chagas. Para que não arda nos eternos fogos, defendei-me Vós, Oh, Virgem, com teus rogos, no dia do juízo. E Vós, Oh! Cristo, ao sair eu desta vida, por vossa Mãe querida, fazei que cheguei à palma de vitória. Quando meu corpo mora, tens que minha alma adquira do paraíso a glória. Amém.

terça-feira, setembro 10, 2024

SÉRIE: HISTÓRIA DOS PAPAS

SANTO ALEXANDRE I
Papa e Mártir

6° Papa da Igreja.

HISTÓRIA
Nascido em Roma no ano 75, Alexandre esteve entre os primeiros cristãos e, por consequência, sofreu com as perseguições do Império Romano. Fiel e seguidor dos ensinamentos de Jesus Cristo, Alexandre dedicou-se à religião desde cedo. Sua firmeza de personalidade e sua capacidade de exercer influência sobre as pessoas o levaram a uma posição de destaque no cristianismo. O romano era conhecido também por sua piedade, que o representava como uma santidade. Suas características de homem pacífico, porém determinado ajudaram a converter centenas de pessoas à fé cristã, incluindo membros de Senado e da nobreza romana. Ações que representaram verdadeiras conquistas para a Igreja Católica, pois as décadas e séculos iniciais do cristianismo foram repletos de perseguição e insatisfação com a religião monoteísta que nascia e crescia em um império historicamente identificado pelo politeísmo. 

Com todas sua notáveis características para o momento, Alexandre, foi escolha imediata para suceder o Papa Evaristo, martirizado no ano 115. Naquela época, Alexandre tinha apenas 30 anos, mas já era bem conhecido na esfera política e possuía um histórico favorável. O papado de Alexandre I deixou um legado representativo especialmente para a liturgia católica. O papa estabeleceu o uso de pão sem fermento durante a celebração da eucaristia, assim como a mistura de um pouco de água e vinho que é consagrada na celebração para representar a união de Cristo com a Igreja. A característica litúrgica mais marcante de seu papado foi ter instituído o uso de água benta para aspersão.

O Papa Alexandre I ordenou seis padres, dois diáconos e cinco bispos, de acordo com alguns pesquisadores. Para confrontar os opositores da Igreja Católica, excomungou todos que impediam que os legados da instituição religiosa exercessem os cargos indicados pelo Sumo Pontífice. Também escreveu epístolas, ordens e decretos.
Ordenou a mistura do vinho com água na Missa e também a bênção e o uso da água benta (misturada com sal). 

Sua atuação resultou no descontentamento do Império Romano, que tinha intolerância à Igreja Católica. Acredita-se que Alexandre I tenha sido aprisionado pelo imperador Aureliano e, mesmo na cadeia, o papa teria realizado milagres capazes de converter outros romanos. Embora haja dúvidas sobre a precisão dos fatos, acredita-se que Aureliano tenha ordenado a martirização  do Papa Alexandre I, o qual teria sido amarrado a um cavalo, chicoteado e finalmente morto na fogueira, levando consigo alguns de seus seguidores. Após dez anos de papado, Alexandre I faleceu no ano 115 e foi canonizado pela Igreja Católica. Muitos séculos mais tarde, em 834, seus restos mortais foram transferidos para Freising, na Baviera. 

ORAÇÃO A SANTO ALEXANDRE I
Ó Santo Alexandre I, fiel servo de Deus e guia da Igreja no início de sua história, tu que desempenhaste um papel fundamental na disseminação da fé cristã, olhai por nós em nossas necessidades e desafios.
Intercede junto a Deus para que possamos viver com a mesma coragem e dedicação que tu mostraste em teu ministério. Ensina-nos a ser firmes na fé e generosos em nosso amor ao próximo, como tu foste.
Que tua vida de serviço nos inspire a buscar a santidade e a verdade em todos os aspectos de nossas vidas. Acompanha-nos em nossas jornadas espirituais e ajuda-nos a superar as dificuldades com a mesma fé que tu demonstraste.
Pedimos isso em nome de Jesus Cristo, nosso Senhor.
Amém.

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