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domingo, 19 de maio de 2024

MÊS DE MAIO, MÊS DE MARIA.

UMA NOSSA SENHORA PARA CADA DIA.

NOSSA SENHORA DAS VITÓRIAS
HISTÓRIA
A invocação a Nossa Senhora das Vitórias já existia em Portugal desde o tempo de Dom João I, quando este rei, grato à Virgem Maria pela vitória alcançada em Aljubarrota contra os castelhanos, mandara construir um Mosteiro e um Santuário que recebeu o nome de Santa Maria da Vitória. 

Em 1571, a esquadra cristã conseguiu o triunfo contra os turcos na batalha naval de Lepanto, afastando definitivamente do continente europeu o perigo muçulmano. O Papa Pio V, em sinal de gratidão, deu à Virgem Maria o título de Nossa Senhora da Vitória.  

Em 1627 a importante cidade portuária de La Rochelle, na França, tinha-se tornado um grande e poderoso reduto do crescente protestantismo. O Rei católico Luís XIII tinha como ministro um Cardeal chamado Richelieu. Juntos, os dois reuniram o exército e empreenderam um carto a La Rochelle. O objetivo era por fim à onda anticatólica que dominada a cidade.

A vitória, porém, seria muito difícil, pois os protestantes eram apoiados por uma potência bélica: a Inglaterra. Em vista disso, Luís XIII pediu à rainha Ana da Áustria, sua esposa, para movimento os católicos e motivá-los para que se fizessem orações públicas pedindo a vitória da fé católica em todas as igrejas da cidade de Paris.

Assim, começaram grandes movimentações de fiéis liderados pelo Arcebispo de Paris, juntamente com o clero. Todos rezavam o terço pedindo ao Senhor, pela intercessão de Maria, a derrota dos protestantes. Os capelães do exército, por sua vez, também promoveram um grande movimento de orações no meio dos soldados. E a coisa cresceu de tal forma que, em algumas horas do dia ouvia-se a recitação do terço e grandes orações de louvor à Virgem Maria.

Quando Luís XIII percebeu que era a hora, avançou sobre os revoltosos e estes, surpreenderam, se renderam. Em gratidão por essa tão inesperada vitória, o rei Luís XIII lançou, na cidade de Paris, a pedra fundamental da igreja que ele mesmo chamou de Igreja de Nossa Senhora das Vitórias. Seria uma recordação duradoura da vitória sobre La Rochelle.

Graças alcançadas
Ana da Áustria, Rainha da França e esposa de Luís XIII não conseguia engravidar, para dar um herdeiro ao marido. Estavam casados há mais de 23 anos e ela já tinha perdido a esperança. Nesse tempo, um convento de frades de Santo Agostinho, que ficava perto da Igreja de Nossa Senhora das Vitórias, tinha recebido um camponês muito humilde chamado Irmão Fiacre. Este teve compaixão da rainha e começou a pedir a intercessão de Nossa Senhora sobre esta situação. O irmão, então teve um visão da Virgem Maria. A Mãe Celestial lhe disse que as orações seriam atendidas, desde que fossem rezadas novenas nas igrejas indicadas por ela. Dentre estas estava a igreja de Nossa Senhora das Vitórias. E assim foi feito. Então, depois de dez meses de intensas orações, Ana da Áustria deu à luz seu primogênito. Este se tornou o grande rei Luís XIV, um dos mais importantes de toda a história da França.

Em ato de profundo agradecimento, Luís XIII publicou-se um Edito oficial em que consagrou a família real e toda a França a Nossa Senhora. Este Edito ficou conhecido como o Voto de Luís XIII. Até hoje ele é comemorado nas páróquia da França.

Igreja de Nossa Senhora das Vitórias
A famosa Igreja de Nossa Senhora das Vitórias em Paris, hoje, é quase totalmente coberta por ex-voto, ou seja, materiais que simbolizam a graça alcançada; quase sempre são partes do corpo humano às quais foi restituída a saúde. A Igreja foi construída no estilo clássico, é iluminada por milhares de velas e lâmpadas votivas, mostrando a força da veneração que o povo tem para com a Mãe Imaculada. Na fachada da igreja foi gravada uma inscrição de gratidão em letras de outro, que diz: tantas vitórias que lhe vieram do Céu, especialmente d'Aquela que arrasou a heresia.

Devoção de Nossa Senhora das Vitórias no Brasil
Os portugueses, através dos padres Jesuítas, nos legaram a devoção à Nossa Senhora da Vitória, invocada efusivamente em várias regiões no Brasil, em especial nos "Sertões de Dentro". Na cidade de Oeiras, nordeste do Brasil, centro sul do Piauí, o culto à Virgem da Vitória tem início com a ereção da Freguesia em fins do século XVII. 

A imagem primitiva da Virgem chegou a Oeiras pelas mãos dos padres Thomé de Carvalho da Silva e Miguel de Carvalho, vindos de Olinda em Pernambuco "A imagem é setecentista e representava a vitória do bispo de Olinda Dom Frei Francisco de Lima, do Padre Miguel e a vitória de todos aqueles crentes brejeiros, somada à alusão das vitórias portuguesas de Lepanto e Aljubarrota".

No dia 02 de março de 1697 sagrou-se o templo em honra à Senhora da Vitória, uma simples capela rústica, onde foi entronizada a imagem para o culto da povoação Mocha. 

Em 1733 foi edificada a catedral, no mesmo local da capela de taipa e pindoba. "E ao redor do seu vulto a cidade surgiu e cresceu". 

Mais tarde no século XIX a imagem primitiva foi substituída por outra nova imagem desta mesma devoção. As imagens de Nossa Senhora da Vitória, tanto a primitiva quando a atual têm funções distintas. A primitiva encontra-se no Museu de Arte Sacra, como relíquia de uma época, e a atual exposta no retábulo principal do altar-mor da velha matriz, para devoção dos fiéis.

Nossa Senhora da Vitória foi proclamada padroeira do Piauí em Breve Apostólico do Papa João Paulo II, em 16 de julho de 1997, momento em que se comemorava o tricentenário da criação da Freguesia do Brejo da Mocha.


ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DAS VITÓRIAS
Santíssima Virgem Maria, Nossa Senhora das Vitórias, filha dileta de Deus Pai, Mãe de Jesus, nosso Salvador, tabernáculo do Espírito Santo, eis-me aqui diante de vossa imagem, para consagrar-me inteiramente a vós. Trago-vos, Senhora, minha vida, meu trabalho, os sofrimentos e as alegrias, as lutas e as esperanças, tudo que tenho e que sou para oferecer ao vosso filho por vossas mãos de mãe. Sou todo vosso, ó Maria. Peço vossa proteção para nunca abandonar a fé católica, traindo a Jesus Conservai-me na graça de vosso divino filho. Dai-me força para viver de verdade o amor fraterno e assumir minha responsabilidade de cristão do mundo. Ó Senhora das Vitórias, aceitai-me domo filho(a) e guardai-me sob o vosso manto protetor. Amém.

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