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sexta-feira, 31 de maio de 2024

CELEBRAMOS HOJE A VISITAÇÃO DE NOSSA SENHORA.

A festa da Visitação de Nossa Senhora foi instituída pelo Papa Urbano VI, em 1389, com o intuito de pôr fim ao Grande Cisma, por intercessão de Maria. Esta festa teve inicio em Bizâncio, no dia 2 de julho, com a leitura do Evangelho da visita de Maria e Isabel, por ocasião da "Deposição da santa Túnica da Theotokos na Blacherdes (basílica)". Os franciscanos adotaram esta festa mariana, mas a transformaram em Visitação de Maria, em 1263. Após a reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, esta festas passou a ser celebrada em 31 de maio, no fim do mês dedicado a Maria.

Naqueles dias, Maria se levantou e foi às pressas para as montanhas, a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança exultou em seu seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo e exclamou em alva voz: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre". E Maria disse: "Minha engrandece ao Senhor e meu espírito exulta em Deus, meu Salvador". (Lc 1,39-42, 46-47).

Foi às pressas
Por um espécie de impulso interior, a Virgem Maria foi às pressas visitar sua prima Isabel. Poderiam ser muitos os motivos que levaram a Virgem Maria a fazer esta viagem: o desejo de ajudar sua prima Isabel, sabendo que esperava um filho, apesar da sua velhice; ou o desejo de comunicar-lhe o que havia acontecido com ela, uma vez que, entre as mulheres "visitadas" pelo anho era mais fácil se entender. Com a sua ida "às pressas", Maria revela-se uma mulher missionária (levar e partilhar a alegria do anúncio) e uma mulher caridosa (colocar-se a serviço da sua prima já idosa). Mas nada impede de pensar de que ela também tinha o "santo desejo" de ir ver o que o Anjo lhe havia anunciado: "Eis que Isabel, tua parenta, também concebeu um filho na sua velhice; aquela que era chamada estéril, já está no sexto mês porque a Deus nada é impossível". (Lc 1,36-37). No fundo, também os pastores foram às pressas para ver "o sinal que os anhos lhes haviam anunciado na noite de Natal: "Isto vos servirá de sinal: achareis um recém-nascido envolto em panos, deitado numa manjedoura (Lc 2,12). Isto confirma que Maria jamais subestimava os "sinais" de Deus.

Encontro entre duas mães
A passagem evangélica une os dois "anúncios": A Isabel e a Maria, duas mulheres e duas promessas. Logo que ouviu a saudação de Maria, a criança "estremeceu" no seio de Isabel. O Messias Jesus, ainda nascituro no ventre da Mãe Maria, encontra o precursor, o profeta também nascituro no seio da Mãe Isabel; ao reconhecê-lo, exultou de alegria, como aconteceu com Davi, que dançou diante da arca pela presença do Senhor (cf. 2Sm 6,12-16).

Do louvor ao serviço
O Magnificat, hino de louvor, que narra a reviravolta da lógica humana, onde os últimos serão os primeiros, não fica letra morta, mas se torna vida no serviço.

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